Para isso, o permacultor Edilson Cazeloto propõe uma experiência sensorial, lúdica e coletiva: erguer paredes de barro usando duas ancestrais e altamente eficientes: o pau a pique e cob.
E sabe o que é melhor: são técnicas que usam apenas 4 matérias-primas locais: terra, capim, bambu e água.
O pau a pique (taipa de mão ou taipa de sopapo) consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas e horizontais, geralmente bambus, que são preenchidas com barro amassado misturado com palha seca.
Já as paredes de Cob, que são quase tão resistentes quanto o concreto, costumam ser feitas somente de barro argiloso adicionado de um pouco de palha e água. A vantagem é que a palha é muito abundante na região e pode ser obtida gratuitamente.
Ao colocar as mãos e os pés no barro, cada participante é convidado a refletir sobre o que seria uma construção sustentável nos dias de hoje. “Uma casa sustentável é aquela que, além de ingredientes não agressivos ao meio ambiente, o dono deixou suas marcas nas paredes”, afirma. “A casa sustentável é uma casa que qualquer ser humano possa ter, desde que, com isso, ele não roube o direito de outro ser humano de ter sua própria casa”.
Uma das partes mais divertidas da Oficina de Bioconstrução é amassar o barro com os pés descalços. Vira uma festa. As pessoas se abraçam, cantam, dançam. Por trás da farra, existe a técnica. Ao pisar no barro, as pessoas sentem a textura da massa que se forma e percebem se está ela pronta para ser usada na parede. “Se não for divertido, não é sustentável”, diz Cazeloto.
Ex-professor de pós-graduação e ex-jornalista, Edilson Cazeloto estava no auge da carreira quando decidiu largar tudo para morar na roça. Atualmente é o guardião do Sítio Pau d’ Água, um antigo pasto que foi reflorestado e se transformou em uma escola de alfabetização ecológica.
20 e 21 de agosto, das 8h de sábado até 13h de domingo
Sítio Pau d’Água
Inscrições: whatsapp: 11-97130-3335
Inclui hospedagem em alojamento coletivo ou camping e todas as refeições